Estimulação Musicoterápica na Doença de Alzheimer

Para traçar um programa de reabilitação/estimulação através da musicoterapia em um paciente com diagnóstico de DA, temos que levar em consideração alguns dados, tais como grau de comprometimento da memória , aspectos emocionais ( depressão/ ansiedade), idade, condições físicas e nível cognitivo que nos serão fornecidos através da avaliação neuropsicológica:
Outras variáveis também são importantes: o local do tratamento, número e freqüência das sessões, comunicação efetiva entre paciente/ musica/ musicoterapeuta e participação do cuidador na estimulação diária.
Ao atender o paciente com DA, visamos a produção de reminiscências, já que o mesmo, gradativamente, perde sua memória recente e sua capacidade de apren dizado.
A música possui também um componente emocional que é decisivo na estabilização do humor, como percebemos no caso da depressão e da ansiedade, ocorrências comuns em pacientes em processo demencial.
Cantar ou tocar em grupo propicia também sociabilização do paciente, que consideramos como uma mais forma de estabilizar ou retardar o progresso da doença.
Enfim, lembrar e relatar essas lembranças através da musica faz com que nosso paciente ainda se sinta como sendo parte de um universo que a cada dia mais se distancia dele.
Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia, no auxílio do tratamento da doença de Alzheimer. Doença de caráter progressivo e degenerativo tem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, as mudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção. A musicoterapia ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidade e o esforço da identidade. Trabalha-se ainda a estimulação sensorial, a auto-estima e a expressão dos sentimentos e emoções.
Por: Gislayne Machado